quinta-feira, 12 de julho de 2012
O conceito de inclusão
Inclusão é um termo que tem sido usado predominantemente como
sinônimo para integração de alunos com deficiência no ensino regular denotando,
desta forma a perpetuação da vinculação deste conceito com a educação especial.
Contudo, mesmo com muitas controvérsias quanto ao seu significado, já existem
alguns pressupostos consensuais que estão subjacentes à sua definição.
Existe um consenso entre os estudiosos de que inclusão
não se refere somente às crianças com deficiência e sim a todas as
crianças, jovens e adultos que sofrem qualquer tipo de exclusão educacional, seja
dentro das escolas e salas de aula quando não encontram oportunidades para
participar de todas as atividades escolares, quando são expulsos e suspensos,
por razões muitas vezes obscuras, quando não têm acesso à escolarização e
permanecem fora das escolas, como é o caso de muitos brasileiros e de muitas crianças
africanas.
Há um consenso que inclusão implica em celebrar a
diversidade humana e as diferenças individuais como recursos existentes nas
escolas e que devem servir ao currículo escolar para contribuir na formação da
cidadania. Diversidade e diferenças constituem uma riqueza de recursos para a
aprendizagem na sala de aula, na escola e na vida. As pessoas concordam que
inclusão, necessariamente, pressupõe a formação contínua de professores para
usarem estratégias de ensino mais diversificadas e mais dinâmicas, ou seja,
mais compatíveis às crianças do novo século: estratégias estas que oportunizem as
crianças terem vozes e serem ouvidas e onde suas experiências de vida e riqueza
pessoal, assim como suas necessidades e carências, não sejam ignoradas e
negligenciadas pelo professor ou pela escola, mas seja parte integrante da vida
escolar.
Uma metodologia de ensino inclusiva deve ser capaz de
garantir que o aluno se sinta motivado para frequentar à escola e participar
das atividades na sala de aula, deve possuir qualidade curricular e
metodológica, deve identificar barreiras à aprendizagem e planejar formas de
removê-las para que cada aluno seja contemplado e respeitado em seu processo de
aprendizagem. Assim, não podemos pensar em inclusão sem atingirmos o âmago dos
processos exclusionários tão inerente à vida em sociedade.
Educação inclusiva
O PAPEL DA ESCOLA FRENTE À EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A escola tem o papel fundamental, e relevante de tornar o aluno um cidadão participativo e crítico, preparado para analisar de forma reflexiva os problemas da sociedade, e de forma eloquente encontrar uma solução que seja favorável para si, e o meio em que se encontra. Espera-se que a escola, juntamente com os educadores e demais profissionais, busque pela qualidade do seu trabalho, que seja suscetível ao desenvolvimento de projetos e atividades que venham melhorar o processo de ensino e aprendizagem do aluno. No entanto, sabe-se, que precisam atualizar e adequar sua postura em face de seu trabalho pedagógico realizado na instituição, conforme as mudanças e avanços do mundo, para assim disseminar a inclusão, tão esperada, em seu espaço educativo.
Tendo em vista, que frequentar uma escola e ter expectativas para um futuro próximo, é direito de todas as crianças sem distinção de cor, raça, classe social, deficiência ou qualquer outro aspecto. Mas, mesmo diante do direito existente, sabe-se que o preconceito excessivo da sociedade em geral e por parte daqueles que deveriam dar exemplos de luta, ou seja, escolas que ainda insistem em ter regras no momento da inserção da criança com necessidade educativa especial. Diante desse quadro, é possível fazer referência ao processo de educação inclusiva na escola, tendo como pré-requisito a efetiva participação dos alunos. Sabe-se, porém que são muitas as barreiras, para concretização da inclusão no espaço escolar. Enfim, a escola precisa entender o princípio da inclusão, revendo suas práticas pedagógicas, não apenas pela presença do alunado com deficiência na sala de aula, mas por que compreendeu que deve respeitar a diferença de seus alunos.
EDVANIR DA SILVA COSTA
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